domingo, 2 de agosto de 2009

A comunhão

Nós éramos cerca de quatro ou cinco homens com o Swami no seu apartamento, em Rose-Hill, Maurícias, em Outubro de 1999. Ele mostrou-me o quarto onde cresceu.
As paredes estavam cobertas com imagens de santos. Nas prateleiras haviam estátuas de várias divindades. Cada objecto estava coberto com vibhuti, o que os visitantes, assim
como os seus pais, no princípio, confundiram com poeira. A camada era por vezes tão grossa que a cabeça da murti mal sobressaía por entre a montanha de cinza.
Nós preparávamos as nossas próprias refeições e comíamos todos na cozinha. Muitas vezes, as pessoas vinham rezar na capela, mas principalmente, vinham para falar com o Swami.

Uma noite durante o jantar, o Swami subitamente levantou a sua cabeça e gelou. Ele estava silencioso e os seus olhos estavam petrificados. Nós parámos de comer e olhámos uns para os outros. O Swami abriu a sua boca e pôs a sua língua de fora como se para receber a comunhão. Inesperadamente, nós vimos uma hóstia na sua língua, vindo do nada.
Mais tarde, ele disse-nos que São Miguel tinha vindo dar-lhe a comunhão. P.

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