Mahavatar Babaji e linhagem

A Bhakti Marga pertence a linhagem da Sri Sampradaya.
Esta Sampradaya (linhagem em sânscrito) é uma linhagem Vaishnava (de Vishnu) que tem como fundador Sri Ramanuja Acharya, e os seus princípos são os princípos de Bhakti (devoção) a Deus e a Mãe Divina. 


Mahavatar Kriya Babaji

É o guru de Sri Swami Vishwananda, portanto, nosso ParamGuru.



O Cristo Yogui dos Himalaias
Os penhascos da região norte dos Himalaias, póximos de Badrinarayan, são abençoados pela presença viva de Babaji, guru de Lahiri Mahasaya. O mestre, que vive em reclusão, conserva o seu corpo físico há séculos, talvez milénios. O imortal Babaji é um avatar, palavra que em sânscrito significa «descida»; a raiz dessa palavra é ava, «descer» e tri, «passar». Nas Sagradas Escrituras hindus, avatar significa a descida de Deus ao corpo físico.

«O estado espiritual de Babaji está para além da compreensão humana. A visão limitada do homem não pode penetrar na sua estrela transcendental. É inútil tentar imaginar o alcance de um avatar, pois é algo inconcebível», explicou-me Sri Yukteswar.

Os Upanishads classificaram de maneira minuciosa cada etapa do progresso espiritual. Um siddha («ser perfeito») é aquele que avançou do estado de jivanmukta («liberto em vida») para o de paramukta («supremamente livre») – com poder total sobre a morte, o paramukta livrou-se inteiramente da servidão de maia e da roda das reencarnações. Raras vezes volta a um corpo físico e, se o faz, vem como um avatar, um ser designado por Deus para ser o emissário de bênçãos sublimes para o mundo.

Um avatar não está sujeito à ordem universal; o seu corpo puro, visto como uma imagem de luz, encontra-se livre de qualquer divida para com a natureza. A olhos menos atentos, a aparência de um avatar pode não ter nada de extraordinário, mas na verdade não projecta sombra nem deixa a marca dos pés no chão, duas provas simbólicas externas de que se trata de um ser internamente livre de sombras e laços materiais. Só esses seres divinos conhecem a Verdade subjacente à relatividade da vida e da morte. No Rubaiyat, o seu texto imortal, Omar Khayyam, um poeta tão mal interpretado, canta a respeito desse homem livre :

Ah, Lua do meu Deleite que nunca mingua,
A Lua do Céu já vai subindo uma vez mais;
Quantas vezes ela aqui renascerá então,
Neste mesmo jardim, a procurar-me, em vão.

A «Lua do meu Deleite» é Deus, a eterna estrela Polar, nunca anacrónica. A «Lua do Céu» é o universo exterior, preso à lei do retorno periódico. Os seus grilhões foram rompidos para sempre pelo sábio persa através da sua própria realização do self. «Quantas vezes ela aqui renascerá… a procurar-me, em vão!» Que busca frustrante, num universo desvairado, por uma omissão absoluta !

Cristo expressou a sua liberdade de outro modo: «E aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: ‘Mestre, onde quer que fores, eu te seguirei’. E respondeu Jesus ‘As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça’».
Infinito na sua omnipresença, poderia Cristo ser seguido se não em Espírito?
Krishna, Rama, Buda e Patanjali encontram-se entre os antigos avatares indianos. Há um considerável acervo de literatura poética em língua tamil constituído em torno de Agastya, um avatar do sul da Índia que realizou muitos milagres em séculos anteriores e posteriores à era cristã. Acredita-se que conserva o seu corpo físico até hoje.

Na Índia, a missão de Babaji tem sido ajudar outros profetas a cumprir as suas respectivas missões. De acordo com as Sagradas Escrituras, ele pode ser considerado um Mahavatar (grande avatar). Babaji revelou ter dado iniciação em ioga a Shankara, fundador da Ordem dos Swamis, e a Kabir, famoso santo medieval. Como sabemos, o seu principal discípulo no século XIX foi Lahiri Mahasaya, que resgatou a arte do Kriya ioga, antes perdida.

O Mahavatar encontra-se em comunhão com Cristo. Juntos, enviam vibrações redentoras e planearam a técnica espiritual de salvação para esta era. A obra desses dois mestres totalmente iluminados, um encarnado e o outro não, consiste em inspirar as nações a renunciarem as guerras suicidas, ao ódio racial, ao sectarismo religioso e aos malefícios do materialismo, que actuam como um bumerangue. Consciente das tendências modernas, principalmente das influências e complexidades da Civilização ocidental, Babaji reconhece a necessidade de o ioga ser difundido, quer no Ocidente quer no Oriente, como uma forma de libertação do self.

A falta de referências históricas a respeito de Babaji não nos surpreende. O grande guru nunca apareceu em público em qualquer século; o brilho elusivo da publicidade não faz parte dos seus planos milenares. Assim como o Criador – o Poder único e silencioso -, Babaji trabalha numa humilde obscuridade.

Grandes profetas, como Cristo e Krishna, descem à Terra com um propósito especifico e grandioso e partem logo após tê-lo cumprido. O trabalho de outros avatares, como Babaji, está mais relacionado com o lento progresso evolutivo do homem ao longo dos séculos, do que com qualquer evento histórico marcante. Mestres como esses mantêm-se afastados do olhar do grande público e têm o poder de se tornarem invisíveis de acordo com a sua vontade. Por essas razãos, e também porque geralmente instruem os seus discípulos para se manterem silenciosos a seu respeito, alguns excelsos mestres espirituais permanecem desconhecidos para o mundo. Nestas páginas sobre Babaji, revelo apenas alguns factos que ele próprio considerou adequados a tornarem-se públicos.

Nada se sabe a respeito da sua família ou do lugar onde nasceu, referências tão caras ao historiador. Geralmente comunica em hindi, mas fala com facilidade qualquer outro idioma. Adoptou simplesmente o nome de Babaji (pai reverenciado). Outros títulos respeitosos foram-lhe atribuídos por discípulos de Lahiri Mahasaya : Mahamuni Babaji Maharaj (supremo e extático santo), Maha Iogue (o maior de todos os iogues), Trambak Baba e Shiva Baba (títulos de avatares de Shiva). Que importância tem o facto de não sabermos o apelido de um mestre que já alcançou a libertação na Terra ?

«Sempre que um devoto pronunciar o nome de Babaji com reverência atrairá instantaneamente para si uma bênção espiritual», declarou Lahiri Mahasaya.
O corpo do imortal guru não mostra sinais de envelhecimento; aparenta ter vinte e cinco anos, não mais. De tez clara, compleição e altura medianas, o seu corpo, belo e forte, irradia um brilho perceptível. Babaji possui olhos escuros, ternos e tranquilos e o seu cabelo, longo e sedoso, é cor de cobre. Um facto extraordinário é que Babaji se parece muito com o seu discípulo Lahiri Mahasaya. A semelhança é tão espantosa que, quando mais velho, Lahiri Mahasaya poderia ter passado por pai de Babaji, que mantém a aparência jovem.

Swami Kebalananda, o meu santo professor de sânscrito, passou algum tempo com Babaji nos Himalaias.

- O incomparável mestre anda com o seu pequeno grupo, que inclui dois discipulos americanos muito adiantados, de um lugar para outro nas montanhas – contou-me ele. –Depois de permanecer num lugarejo por algum tempo, Babaji, que costuma andar com um danda (cajado de bambu) simbólico, diz «Dera danda uthao», («Vamos levantar acampamento»). Depois de proferir estas palavras, o grupo desloca-se instantaneamente para outro lugar. Nem sempre Babaji emprega esse método de viagem astral; por vezes, percorre a pé os caminhos que levam pessoas de um cume a outro. Babaji só pode ser visto ou reconhecido por outras pessoas quando assim o deseja. Sabe-se que tem aparecido a vários devotos sob muitas formas, ligeiramente diferentes, ora usando barba e bigode, ora não. Como o seu corpo incorruptível não precisa de alimento, o mestre raramente come. Ocasionalmente aceita frutas ou arroz cozido em leite e manteiga clarificada, como forma de demonstrar amabilidade aos discípulos visitantes. Conheço dois espantosos incidentes da vida de Babaji – continuou Kebalananda. – Uma noite, os seus discípulos estavam sentados em redor de uma grande fogueira, preparada para uma cerimónia védica. De súbito, o mestre segurou numa acha em chamas e tocou com ela o ombro nu de um chela que se encontrava próximo do fogo. «Senhor, que crueldade!», protestou Lahiri Mahsaya, ali presente. «Preferia vê-lo queimar até se transformar em cinzas diante dos seus olhos, de acordo com os desígnios do seu carma passado?» Depois de pronunciar estas palavras, Babaji colocou a mão curativa no ombro desfigurado do chela. «Esta noite livrei-o de uma morte dolorosa. Com o pequeno sofrimento causado pelo fogo, a lei cármica foi cumprida.» Noutra ocasião, o circulo sagrado de Babaji foi perturbado pela chegada de um estranho. Com uma habilidade incrível, ele escalara os rochedos quase inacessíveis que se encontravam junto ao acampamento do mestre. «O senhor deve ser o grande Babaji.» O rosto do homem estava iluminado por uma enorme reverência. «Há meses que tento incessantemente encontrá-lo no meio destes penhascos ameaçadores. Imploro-lhe que me aceite como discípulo.» Perante o silêncio do venerável guru, o homem apontou para o abismo aos seus pés: «Se recusar, atiro-me desta montanha. A minha vida deixará de ter valor se não conseguir persuadi-lo a guiar-me para Deus.» Sem demonstrar emoção, Babaji respondeu: «Então salte. Não posso aceitá-lo no estado de desenvolvimento em que se encontra.» Ao ouvir estas palavras, o homem atirou-se do penhasco. Babaji mandou os seus discípulos, que ficaram muito abalados, resgatar o corpo do estranho. Assim que chegaram com a forma destroçada, o mestre colocou a sua mão divina sobre o homem morto, que abriu os olhos e se prostrou humildemente diante daquele ser omnipotente. «agora está pronto para ser meu discípulo», disse Babaji com um sorriso amoroso ao chela ressuscitado. «Passou corajosamente por um teste difícil. A morte não o tocará de novo; agora faz parte do nosso rebanho imortal.» Logo de seguida, pronunciou as suas habituais palavras, «Dera danda uthao» e o grupo inteiro desapareceu da montanha.


Um avatar vive no Espírito omnipresente; para ele não há distância inversa ao quadrado. Só uma razão pode motivar Babaji a conservar a sua forma física ao longo dos séculos: o desejo de dar à humanidade um exemplo concreto das suas próprias possibilidades. Se nunca fosse autorizado ao homem ter um vislumbre da Divindade encarnada, oprimido pela forte ilusão de maia, ele continuaria a acreditar-se incapaz de transcender a morte.
Jesus conhecia, desde o princípio, os designíos da sua vida. Viveu cada acontecimento não para si, nem por compulsão cármica, mas para a elevação espiritual dos seres humanos dotados de poder de reflexão. Os seus quatro discípulos evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, registaram o inefável drama para beneficio das gerações futuras.

Para Babaji, passado, presente e futuro são relatividades que não existem. Ele próprio, desde o princípio, conhecia a sequência da sua vida. No entanto, adaptando-se à compreensão limitada dos homens, tem realizado muitas acções divinas diante de uma ou mais testemunhas. Isso aconteceu, por exemplo, com um discípulo de Lahiri Mahasaya, presente quando Babaji decidiu que chegara a hora de proclamar que o corpo físico pode tornar-se imortal. Ele fez essa promessa diante de Ram Gopal Muzumdar para que ela finalmente se propagasse e inspirasse outros corações que procuram a verdade. As palavras dos grandes seres e a sua participação no curso aparentemente natural dos acontecimentos são apenas para o bem dos homens. Como disse Cristo: «Pai, rendo-te graças, porque me ouviste. Eu bem sei que me ouves sempre, mas falo assim por causa da multidão que me rodeia, para que creiam que Tu me enviaste».

Durante a minha visita a Ram Gopal, «o santo que nunca dormia», em Ranbajpur, ele contou-me a maravilhosa história do seu primeiro encontro com Babaji :

- Ocasionalmente eu deixava a minha caverna solitária para me ir sentar aos pés de Lahiri Mahasaya, em Benares. Certa vez, por volta da meia-noite, eu estava a meditar em silêncio com um grupo de discípulos quando o mestre me fez um pedido surpreendente: «Ram Gopal, vá imediatamente até ao ghat de banho de Dasasamedh.» Cheguei sem demora àquele lugar isolado. Era uma noite clara de luar e as estrelas brilhavam. Sentei-me, pacientemente, em silêncio durante algum tempo, até que a minha atenção foi atraída por uma enorme laje de pedra situada perto dos meus pés. Aos poucos, a laje ergueu-se e revelou uma caverna subterrânea. Enquanto a pedra se mantinha misteriosamente equilibrada no ar, a figura de uma mulher de insuperável beleza, envolta numa túnica drapeada, emergiu da caverna em levitação. Rodeada por um ténue halo, pousou lentamente à minha frente e permaneceu imóvel, mergulhada num êxtase profundo. Finalmente, moveu-se e falou com suavidade: «Eu sou Mataji, irmã de Babaji. Pedi-lhe, e também a Lahiri Mahasaya, para virem à minha caverna hoje à noite. Precisamos de discutir um assunto de grande importância.» Uma névoa luminosa movia-se velozmente sobre o Ganges, com a sua estranha claridade a reflectir-se sobre as águas escuras. Foi-se aproximando cada vez mais, até chegar junto a Mataji e, condensou-se num lampejo ofuscante, assumindo a forma humana de Lahiri Mahasaya. Ram Gopal prostrou-se humildemente aos pés da santa. Antes de eu ter tempo de recuperar do espanto, fiquei ainda mais assombrado ao observar que outra espiral de luz mística viajava pelo céu. O redemoinho flamejante aproximou-se rapidamente do nosso grupo, materializando-se no corpo de um lindo jovem que, imediatamente, percebi ser Babaji. Ele parecia-se muito com Lahiri Mahasaya. A única diferença era que Babaji parecia ser muito mais jovem e os seus cabelos eram compridos e brilhantes. Lahiri Mahasaya, Mataji e eu ficámos de joelhos aos pés do guru. Ao tocar no seu corpo divino, uma sensação etérea de glória beatifica fez vibrar cada fibra do meu ser. «Abençoada irmã, pretendo abandonar a minha forma física e mergulhar na Corrente Infinita», anunciou Babaji. «Eu pressentira o seu plano, amado mestre, e queria discuti-lo consigo esta noite. O que o leva a querer deixar o seu corpo?», perguntou-lhe a gloriosa mulher com um olhar suplicante. «Que diferença faz eu vestir uma onda visível ou invisível no oceano do meu Espírito?», replicou Babaji. Com um fantástico lampejo de genialidade, Mataji argumentou: «Guru imortal, se isso não faz diferença, então, por favor, nunca abandone o seu corpo». «Que assim seja. Nunca deixarei o meu corpo físico. Permanecerei sempre visível, pelo menos para um pequeno número de pessoas na Terra. Deus expressou a Sua vontade pelos seus lábios», disse Babaji solenemente. Enquanto eu ouvia o diálogo daqueles seres sublimes com grande temor, o grande guru voltou-se para mim com um gesto de bondade e disse: «Não tema, Ram Gopal, é uma bênção você ser a testemunha desta promessa imortal.» Á medida que a voz doce e melodiosa de Babaji foi diminuindo, o seu corpo e o de Lahiri Mahasaya começaram a levitar lentamente, recuando em direcção ao Ganges. Uma auréola deluz fulgurante envolvia-os enquanto iam desaparecendo no céu nocturno. A forma de Mataji flutuou, regressando à caverna; após a sua entrada, a laje de pedra fechou-se como se fosse movida por uma alavanca invisível. Profundamente inspirado, voltei para casa de Lahiri Mahasaya. Assim que me prostrei aos seus pés, ao alvorecer, o meu guru dirigiu-me um sorriso complacente. «Estou contente por si, Ram Gopal. O desejo que sempre expressou de encontrar Babaji e Mataji concretizou-se finalmente de forma sagrada», disse. Os outros discípulos informaram-me que desde o início da noite anterior Lahiri Mahasaya não se levantara do assento. «Depois de você ter partido para o ghat de Dasasamedh, ele fez uma palestra maravilhosa sobre a imortalidade», contou-me um dos chelas. Percebi então pela primeira vez, a verdade contida nos versos das Sagradas Escrituras, que afirmam que o homem que realizou o self pode aparecer em lugares diferentes em dois ou mais corpos ao mesmo tempo. Lahiri Mahasaya explicou-me mais tarde muitos pontos metafísicos a respeito do secreto plano divino para esta Terra – concluiu Ram Gopal.
- Babaji foi escolhido por Deus para permanecer no corpo enquanto durar este ciclo especifico do mundo. As eras passarão, uma após outra, mas o mestre imortal permanecerá neste palco terreno, a contemplar o drama dos séculos.

Paramahansa Yogananda em «Autobiografia de um Iogue» - capitulo 33


Lahiri Mahasaya


Retirando a mente dos assuntos mundanos e voltendo-se para dentro vai redescobrir o tesouro lá Escondido.”
Lahiri Mahasaya


Lahiri Mahasaya (30 de Setembro de 1828 – 26 de Setembro de 1895) nasceu em Shyama Charan
Ghurnigram, Bengala Ocidental, Índia numa família Brahmin.
Na sua primeira infância era visto sentado em meditação e recitando os Vedas, a banhar-se no Ganges e a realizar cultos, como parte da sua rotina diária.
Em vez de viver uma típica vida de Guru Indiano, Lahiri era um chefe de família e vivia com a sua
família em Varanasi. O Seu trabalho, como contabilista no Departamento de Engenharia Militar do governo inglês, levou-o em torno da Índia.
Com a idade de 33 anos, certas circunstâncias levaram-no a um emprego no sopé dos Himalaias,
onde teve um extraordinário encontro com o seu Sadguru Mahavatar Babaji.
Foi Mahavatar que reacendeu em Lahiri Mahasaya as realizações espirituais de outras vidas.
Depois de alcançar a beatitude do estado de Samadhi nas montanhas dos Himalaias, ele voltou sob
a instrução de Babaji para os seus deveres mundanos de um chefe de família ideal.
Lahiri tornou-se um perfeito e realizado Yogui, dando gratuitamente o método de Kriya Yoga, a mais
de 5000 alunos sinceros de todas as fés, incluindo Hindus, Muçulmanos e Cristãos.
Até 1886 ele continuou o seu caminho de contabilista sustentando a sua família, e ficou como
professor de Kriya Yoga quando se tornou apto para aposentar-se com uma pensão.
Até ao final da sua vida, a sua aura pacífica atraiu muitas pessoas que vinham para meditar na sua
presença. Contudo, Lahiri Mahasaya apenas se tornou conhecido através do livro de Paramahansa
Yogananda “Autobiografia de um Yogui”.
Ele entrou em Mahasamadhi em 26 de Setembro de 1895.

Shirdi Sai Baba


“A menos que haja uma relação ou conexão ninguém vai a lado algum. Se algum Homem ou criatura vem a ti, não o mandes embora grosseiramente, mas recebo-o bem e trata-o com respeito. Shri Hari (Deus) ficará muito contente se deres água aos sedentos, pão aos famintos, roupas aos nus e o teu verandah para os desconhecidos sentarem e descansarem. Se alguém quiser o teu dinheiro e não o quiseres dar, não dês, mas não lhe ladres como um cão faria.”
Shirdi Sai Baba

Shirdi Sai Baba foi um grande Santo da Indía, que viveu desde a metade do século XIX até ao início do século XX, porém o seu local de nascimento não é conhecido.
Baba foi visto pela primeira vez como um rapaz jovem, com mais ou menos dezasseis anos de idade, sentado numa postura meditativa debaixo de uma árvore de Neem em Shirdi local em que passou toda a sua vida. Viveu primeiro num templo e depois numa mesquita tentando criar uma harmonia entre o Hinduísmo e o Islão.Ele encorajava todos a seguirem o seu próprio caminho religioso, em busca da verdade e
com tolerância por todas as fés. Baba dizia que existe apenas um Deus, que é chamado
por diferentes nomes, e que Deus ama cada pessoa independentemente da sua religião ou casta.
 Shirdi Sai viveu uma vida muito simples com pessoas comuns, vestindo um simples Kafni rasgado (túnica comprida), dormindo numa esteira e pedindo comida. A Sua missão era a de recuperar a crença em Deus e despertar as pessoas para o seu verdadeiro Ser e natureza Divina libertando-as da ilusão e ignorância.
Hoje, Shirdi Sai Baba tem milhões de devotos na Índia e também no exterior.
A pequena aldeia de Shirdi tornou-se um grande lugar de peregrinação e muitos templos lhe são dedicados.