quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Quando conheci o Swamiji


Na altura em que encontrei Swami Vishwananda, estava
muito contente com a minha professora espiritual e as
minhas práticas. Ouvi falar do Swami, em 2005, através de
uma amiga. Ela contou-me sobre algumas experiências
internas profundas e impressionantes que tinha tido com ele.
Fiquei tão encantada com essas histórias que decidi
inscrever-me no seu Retiro de Meditação de Março de 2006,
em Los Angeles. Ao longo dos anos só tinha encontrado uns
poucos de seres espiritualmente elevados, mas mesmo
assim, fiquei surpreendida com a minha impulsividade, em
fazer planos para viajar 3218 km, desde Wisconsin a Los
Angeles, nos Estados Unidos.
Quando recebi o pacote com a confirmação do retiro,
juntamente com folhetos do programa e postais, abri-o e
agarrei no folheto com a foto de Swami Vishwananda. No
momento em que olhei nos seus olhos, fui assolada por
emoção profunda e comecei a chorar. Pensei: Quem é este
homem? Com os meus sentimentos recém-descobertos, a
minha decisão aparentemente impulsiva para me inscrever
no retiro estava começando a fazer sentido. Não podia
esperar para me encontrar com ele e estar na sua presença.
Percebi de que este retiro ia ser fundamental de alguma
forma, mas não sabia exactamente como.
Finalmente o dia chegou e eu sentei-me
esperançosamente no salão esperando pela sua entrada. Ele
entrou com um sorriso, vestido com uma túnica de cetim
cor-de-laranja, com o seu cabelo negro ondulando sobre os
seus ombros. Apareceu divinamente belo. Emanava amor,
poder e graça. Chorei quando ele entrou na sala, tal como
tinha chorado quando vi a sua foto.
Durante o intervalo, a minha amiga sugeriu-me que
escrevesse um bilhete ao Swamiji pedindo-lhe para ser
iniciada. Tudo o que sabia era que ele evocava algo
profundo dentro de mim, assim sem hesitação escrevi-lhe.
Mais tarde, o Swamiji estava parado na frente do salão
falando com algumas pessoas. Haviam outros à sua volta
querendo também a sua atenção, mas finalmente surgiu uma
oportunidade, entreguei-lhe o meu bilhete e escapuli-me.
Depois de lhe ter dado o bilhete, comecei a pensar na minha
professora espiritual, a qual me tinha iniciado há nove anos
atrás. Na altura em que fui iniciada por ela, nem sabia o que
a sua iniciação impunha. Os outros estavam pedindo isso,
por isso pensei que queria também. Agora, sentia-me
puxada para ser iniciada por Swami Vishwananda e
perguntava-me se estaria traindo a minha professora
espiritual, desde há já nove anos. O meu intelecto dizia-me
que se a minha professora espiritual era realmente um ser
divino, ela quereria que eu avançasse espiritualmente. Mas a
minha parte emocional sentia como se estivesse sofrendo
uma perda.
Para aumentar a minha confusão interna, durante o
programa, o Swamiji falou acerca de gurus e do seu
propósito. Ele disse que uma vez que um guru aceita um
discípulo, fica com ele até este se tornar realizado. Este é um
assunto sério, por outras palavras. Ele continuou a dizer que
as pessoas que têm gurus devem ficar com o seu guru e não
saltar de um para o outro. Na verdade, à medida que o
Swamiji ia falando, parou para pensar no termo certo e eu,
de todas as pessoas, gritei, “salta gurus.” Ele sorriu e disse,
“Sim, salta gurus.”
Estava ele a tentar dizer-me alguma coisa? Estava tão
confusa. Um pouco mais tarde depois do programa, ele
estava parado, não muito longe de mim, falando com
algumas pessoas. Eu estava sentada com alguns amigos,
almoçando, quando aconteceu olhar para ele e ver que ele
estava olhando para mim. Mas assim que ele me viu
olhando, rapidamente desviou o olhar. Nesse momento, se
ele fosse apenas uma pessoa normal este tipo de interacção
subtil não me teria incomodado. Mas Swami Vishwananda é
um mestre realizado, eu senti isso como uma rejeição e
comecei a chorar. A minha amiga perguntou-me qual era o
problema e eu contei-lhe. Ela disse, “Oh, ele está só a
trabalhar em ti para trazer ao de cima as origens da confusão
que tu tens.”
Toda a noite e no dia seguinte os meus pensamentos
insistiam na questão, Estou eu a fazer a coisa certa? Eu estava
numa desordem interior. Só no programa de Domingo é que
vi quem ele realmente era. Sentei-me na frente, perto da
cadeira dele e ainda antes de ele ter entrado no salão, fui
puxada para um estado de meditação. Cerca de
aproximadamente 15 minutos depois, consegui abrir os
olhos e vi-o lá sentado. Curiosamente, uma mulher estava
sentada à minha frente e tapava-me a vista. Quando me
inclinei para olhar para ele, o braço do microfone ficava
mesmo em frente dos meus olhos, por isso não conseguia
olhá-lo nos olhos mesmo que quisesse. Decidi meditar no
Swamiji, porque a minha amiga dizia-me sempre, “Procura o
guru dentro e não fora.”
Subitamente, vi através da minha visão interior a
grandeza de Swami Vishwananda. A sua presença era
enorme. Eu vi Jesus e a Mãe Maria, um de cada lado de um
raio de luz, que emanava a partir de Swami Vishwananda.
Depois, vi Mahavatar Kriya Babaji. Eu sabia de Kriya Babaji,
mas antes deste momento, raramente tinha sentido a sua
presença e quando sentia, esta era muito subtil. Isto não era
mesmo nada subtil. Eles estavam todos ali.
Flutuando por cima de Swami Vishwananda e dos
grandes mestres estavam muitos seres angélicos. Foi um
espectáculo divino interior, para além de tudo o que tinha
experimentado antes. Soube nesse momento, sem nenhuma
dúvida, que eu tinha tomado a decisão certa em pedir a
Swami Vishwananda para ser o meu guru.

Sem comentários: